Professores do IFNM Araçuaí aderem à greve nacional da categoria

08/08/2011 16:28

Faixa afixada na entrada do Campus do IFNM de Araçuai explica os motivos da greve

 

Os 27 professores do Instituto Federal Norte Mineiro (IFNM) Campus Araçuai aderiram a greve nacional da categoria decretada a partir desta segunda feira, 8 de agosto. Uma faixa afixada na entrada do Campus explica que a luta dos servidores é contra o congelamento de salários, descumprimento da legislação e precarização da função docente e pela reestruturação da carreira.
Em Araçuaí, mais de 500 alunos dos cursos oferecidos pelo Instituto ficarão sem aulas. Não há previsão de quando o movimento será encerrado. " Até o atendimento das nossas reivindicações", afirmam os professores que se reuniram durante toda a tarde desta segunda-feira, 8 de agosto, para decidir sobre os rumos da greve. Os servidores dos outros seis campus do Norte de Minas, também aderiram ao movimento ( Campus Salinas, Montes Claros, Pirapora, Arinos, Almenara e Januária). O ex-presidente Lula estará no Campus de Araçuai no dia 19 de agosto para paraninfar a primeira turma de formandos da escola. Se até lá a greve não for encerrada ele poderá encontrar manifestação  dos professores.  Em entrevista coletiva à imprensa, na noite de 8 de agosto, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que o governo não concederá aumento de salários a nenhuma categoria, em decorrência da crise financeira que abala os Estados Unidos e a Europa e tem reflexos no Brasil.
Rogério Alves de Amorim, técnico em administração e Fabiano Magalhães, do Campus de Salinas estavam em Araçuaí para, segundo eles, apoiar o movimento dos colegas. Eles informaram que  o último reajuste da categoria, em torno de 30% foi dado ano passado. “ Na verdade não foi um aumento mas uma reposição salarial paga em 3 vezes  pelas perdas dos dez anos anteriores. Há uma defasagem de mais de 14% no piso salarial”, dizem os servidores.
Na pauta de reivindicações do Comando Nacional de Greve do SINASEFE ( Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica e Profissional) estão o reajuste emergencial de 14,67%, destinação de 10% do PIB para a Educação Básica, reestruturação da carreira docente, equiparação do auxilio alimentação dos servidores da rede federal, ampliação dos concursos públicos para docentes para docentes e técnicos administrativos em educação, cumprimento imediato da legislação sobre questões funcionais dos servidores da rede federal de ensino com a revogação das instruções e orientações normativas em contrário entre outras .
A pauta possui 11 reivindicações. 

Comando de greve dos professores em Araçuai discute os rumos da paralisação.

 

 

Sérgio Vasconcelos

repórter