Professores do IFNM Araçuaí aderem à greve nacional da categoria
Faixa afixada na entrada do Campus do IFNM de Araçuai explica os motivos da greve
Os 27 professores do Instituto Federal Norte Mineiro (IFNM) Campus Araçuai aderiram a greve nacional da categoria decretada a partir desta segunda feira, 8 de agosto. Uma faixa afixada na entrada do Campus explica que a luta dos servidores é contra o congelamento de salários, descumprimento da legislação e precarização da função docente e pela reestruturação da carreira.
Em Araçuaí, mais de 500 alunos dos cursos oferecidos pelo Instituto ficarão sem aulas. Não há previsão de quando o movimento será encerrado. " Até o atendimento das nossas reivindicações", afirmam os professores que se reuniram durante toda a tarde desta segunda-feira, 8 de agosto, para decidir sobre os rumos da greve. Os servidores dos outros seis campus do Norte de Minas, também aderiram ao movimento ( Campus Salinas, Montes Claros, Pirapora, Arinos, Almenara e Januária). O ex-presidente Lula estará no Campus de Araçuai no dia 19 de agosto para paraninfar a primeira turma de formandos da escola. Se até lá a greve não for encerrada ele poderá encontrar manifestação dos professores. Em entrevista coletiva à imprensa, na noite de 8 de agosto, o ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que o governo não concederá aumento de salários a nenhuma categoria, em decorrência da crise financeira que abala os Estados Unidos e a Europa e tem reflexos no Brasil.
Rogério Alves de Amorim, técnico em administração e Fabiano Magalhães, do Campus de Salinas estavam em Araçuaí para, segundo eles, apoiar o movimento dos colegas. Eles informaram que o último reajuste da categoria, em torno de 30% foi dado ano passado. “ Na verdade não foi um aumento mas uma reposição salarial paga em 3 vezes pelas perdas dos dez anos anteriores. Há uma defasagem de mais de 14% no piso salarial”, dizem os servidores.
Na pauta de reivindicações do Comando Nacional de Greve do SINASEFE ( Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica e Profissional) estão o reajuste emergencial de 14,67%, destinação de 10% do PIB para a Educação Básica, reestruturação da carreira docente, equiparação do auxilio alimentação dos servidores da rede federal, ampliação dos concursos públicos para docentes para docentes e técnicos administrativos em educação, cumprimento imediato da legislação sobre questões funcionais dos servidores da rede federal de ensino com a revogação das instruções e orientações normativas em contrário entre outras .
A pauta possui 11 reivindicações.
Comando de greve dos professores em Araçuai discute os rumos da paralisação.
Sérgio Vasconcelos
repórter