PCdoB triplicou desde a chegada ao poder, em 2003

23/10/2011 20:09

 

Lula ajudou a segurar Orlando no governo e o ministério com PCdoB

 

O PCdoB, que está no centro de uma nova crise política no governo federal, cresceu significativamente desde que se uniu ao PT na chegada ao Palácio do Planalto, em 2003. Atualmente, o partido tem 14 deputados federais, 18 estaduais, dois senadores, 42 prefeitos, 66 vice-prefeitos e 608 vereadores.

Os números não necessariamente refletem a força que o partido adquiriu no governo de Lula e, depois, no de Dilma Rousseff, se comparados aos de outras legendas aliadas.

No governo Lula, o PCdoB lutou pelo Ministério da Defesa, mas ganhou o do Esporte e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na gestão atual, obteve ainda a Embratur, entregue ao ex-deputado Flávio Dino (MA).

O que se destaca, na verdade, é o volume de militantes. Desde a conquista do poder central ao lado dos petistas, o número de filiados comunistas triplicou. Em 2001, o PCdoB tinha 33.948 militantes filiados; em 2005, 69.638; e, em 2009, data da última contagem, 102.330. O partido tem sede própria, um prédio de oito andares no centro de São Paulo. O imóvel custou R$ 3,3 milhões, comprado, segundo o partido, com verba do Fundo Partidário e com a contribuição de militantes.

Companheiro. Como grande parceiro dos comunistas, Lula teve atuação destacada nos últimos dias para que Orlando Silva não fosse demitido do Ministério do Esporte e para que a sigla resistisse à pressão para sacá-lo e oferecer outro nome.

Segundo o jornal "O Globo", Lula pediu anteontem ao ministro e ao PCdoB para que resistissem às pressões e não entregassem a pasta. No fim do dia, ainda de acordo com a reportagem, o ex-presidente e trabalhou ativamente nos bastidores pela permanência de Orlando no governo, ligou para o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e reafirmou que o momento era de resistência.

Rabelo abriu, ainda na sexta-feira, a 17ª Conferência Estadual do partido no Rio e destacou que o crescimento da pasta comandada pela legenda despertou a cobiça de vários setores.

 

Fonte-O Tempo