Justiça determina internação de Amilton Loyola aluno que matou professor em BH

22/07/2011 16:56

Residente em Coronel Murta, pai do rapaz disse que ja sabia dos problemas do filho.

A Justiça de Minas decretou a internação em hospital psiquiátrico do estudante de educação física acusado de matar o professor Kassio Vinicius Castro Gomes, 39.

O crime ocorreu em dezembro do ano passado. Gomes, professor do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix --instituição tradicional localizada em uma região nobre de Belo Horizonte--, foi morto pelo estudante Amilton Loyola Caires, 23, que confessou o assassinato.

Com base em um laudo que atestou que o estudante sofre de esquizofrenia, o juiz Glauco Fernandes, do 2º Tribunal do Júri, entendeu que ele era inimputável --ou seja, não poderia ser responsabilizado pelo crime. O Ministério Público também pediu a absolvição e internação do réu.

Após o crime, o advogado Nelson Leão, que defendeu Caires, disse que seria "fácil conseguir laudo de que ele é inimputável".

Segundo a denúncia (acusação formal), o estudante desferiu um golpe de faca no peito do professor minutos antes do início das aulas.

O estudante, que cursava o 5º período de educação física, alegou que estava em "estado de fúria" porque "sofria perseguições do professor". Testemunhas, porém, afirmaram à polícia que o motivo do crime teria sido descontentamento do aluno com uma avaliação do professor.

Em sua decisão, o magistrado argumentou, com base no laudo psiquiátrico, que o estudante parece "sofrer de delírios que teriam conexão com os fatos em questão". Residente em Coronel Murta, cidade do Vale do Jequitinhonha, Amilton Cayres, pai do estudante, revelou ao Jornal Gazeta de Araçuaí que o filho sofre há tempos de transtornos psiquiátricos. Ele disse que teve de vender um automóvel para pagar os honorários do advogado.

Caires, que estava detido no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de BH), ficará em um hospital psiquiátrico inicialmente por três anos.

Após o assassinato, alunos e professores fizeram uma manifestação em Belo Horizonte pedindo paz no meio educacional e cobrando ações urgentes das autoridades e escolas contra a violência.