Joalheria em Araçuaí completa meio século

22/07/2011 17:22

Geraldo Magela, o Girim, com o seu filho Francisco que faz parte da segunda geração da casa

 

Resistindo ao tempo e às crises, a Joalheria Fátima completa meio século de existência em Araçuaí e chega à segunda geração como uma tradição familiar na cidade, graças à perseverança do seu fundador, o ourives Geraldo Magela Rodrigues, 77 anos, o popular “ Girim “. Durante todos esses anos, ele cumpre o ritual de abrir e fechar as portas  diáriamente.

Mesmo após as enchentes de 1979 que devastou a área comercial da parte baixa da cidade, onde fica a joalheria, “ Girim “ resistiu em abandonar a área . “ Muitos me perguntam porque não vou para o alto do Mercado. O aluguel é muito caro. Muitos comerciantes não agüentam pagar. Aqui, o prédio da loja é meu”, afirma Girim.

 O local escolhido para instalar a primeira loja foi a mesma praça do Coreto. “ Apenas mudamos de prédio. Quando eu e meu irmão Newton chegamos aqui,  vindos de Montes Claros, começamos em um pequeno cômodo desta praça.  O Newton se mudou para Sete Lagoas, há muitos anos, onde mantém uma joalheria. Ele faz todo tipo de jóias. Eu mantenho apenas a tradição de fazer alianças. Sou mais comerciante que ourives”, afirma. “ Hoje em dia, a namorada dorme na casa do namorado e vice-versa”, o casamento já não está tão em alta”, acredita o joalheiro.

Ao atravessar as portas da Fátima ( tem esse nome em homenagem à uma sobrinha ) o cliente pode fazer um passeio por suas vitrines. Cristais, porcelanas, brinquedos, relógios, esculturas, troféus esportivos e bijouterias formam o acervo da joalheria. São testemunhas  da história da única joalheria da cidade.

 

Há 50 anos o ourives Geraldo Magela, o popular Girim, mantém a tradição de moldar alianças em Araçuai

 

 

 

A Fátima Presentes, única joalheria de Araçuai foi aberta há 50 anos na praça do Coreto