Prefeito de Itinga manda paralisar obra de pavimentação de ruas em Taquaral
Sérgio VAsconcelos
repórter
A verba no valor de R$ 378.920,00 para calçar ruas do Taquaral saiu de uma emenda parlamentar. As obras estão paralisadas ha mais de seis meses
O prefeito de Itinga, Charles Azevedo Ferraz (PT) o Charlão mandou paralisar as obras de pavimentação de ruas às margens da BR-367, em volta da Igreja do povoado de Taquaral. As obras estão suspensas há mais de seis meses. De acordo com o secretário municipal de Obras do município, Etevaldo Leão de Oliveira, em entrevista por telefone ao Gazeta Online, disse que a Caixa Econômica Federal tem débito de um convênio anterior que não foi pago, em torno de R$ 120 mil. “ Não vamos repetir um erro sobre outro. Se for concluída a obra, quem vai pagar?”, justificou o secretário.
A vice-prefeita Arlete Maria Batista, que mora no povoado, disse que não tem nenhuma informação sobre a obra e que não sabe o motivo da sua paralisação.
Os recursos para execução do projeto, R$ 378.920,00, são de uma emenda parlamentar do ex-deputado Edmar Moreira, que ficou conhecido como o deputado do Castelo. Na placa afixada em frente à igreja, não consta o nome da empresa vencedora da licitação. Os recursos seriam suficientes para pavimentar mais de 50% das ruas que necessitam do benefício.
“ A Constrar foi a vencedora. Já solicitamos esclarecimentos sobre o caso. Não tenho informações sobre o que está acontecendo”, disse o vereador Carlão (PSB) também residente na localidade.
O recurso seria para calçar com bloquetes 6.132 metros quadrados de ruas. Deste total foram feitos apenas 700 metros quadrados.
“ Não recebi nenhum comunicado oficial do cancelamento da obra”, disse o diretor da Constrar, engenheiro Giuseppe Onnis, que se negou a dar maiores esclarecimentos sobre o assunto. “ As explicações sobre a paralisação devem ser dadas pela prefeitura”, disse ele, confirmando que existe um débito da prefeitura com sua empresa de R$ 117 mil de uma outra obra no bairro Planalto, em Itinga e que ainda não foram quitados pela prefeitura. A obra foi concluída há mais de três anos.
Enquanto isso quem sofre é a população do povoado onde a maioria das ruas não tem pavimentação nem esgoto.